AA.VV
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16,78 €Pode nestes termos dizer-se - e o volume aqui apresentado vai nesse sentido - que em 1961, no início, em Angola, havia um forte sentimento de unidade patriótica e coesão na necessidade de defesa. A ofensiva no Norte de Angola, com caracteríticas de massacre racista, com que a UPA desencadeou as hostilidades, não deixava espaço para outra solução que não a resistência e a retribuição. O estender progressivo da guerra, primeiro à Guiné, em 1963, e depois, em 1964, ao Norte de Moçambique, trouxe um desafio militar e logístico, a que o Governo, o Exército e as populações responderam, com capacidade, criatividade e estoicismo. Diga-se também que, na época, a opinião nacional, foi de apoio à política de Salazar e mesmo muitos dos seus tradicionais opositores e militantes da oposição democrática, não hesitaram, sublinhando diferenças ideológicas, em afirmar o seu apoio à política de defesa. Também o país profundo - em parte ainda rural - contribuiu com as dezenas de milhar de jovens recrutas necessários para o Contingente, num ritmo que se repetira nos anos seguintes. (Do prefácio por Jaime Nogueira Pinto